O progresso de Marina

Quis escrever tarde, depois da virada, depois do impulso, do fogo todo...
"Com sorte, ...vai ser breve/e foi tudo intenso e veloz". A letra da música de Marina Lima, "Deixe estar", resume os dias do viradão carioca no primeiro fim de semana de junho no Rio. Quem foi ao show da cantora, no Leme, viu que ela não perdeu a magia, o charme, a compostura, nem a fama exigente no palco com a equipe técnica. Os velhos tempos de Marina passaram, ficou uma Marina mais rouca, mais imposta, mais rasgada, mais progressiva e aos tubos, mais moderna. Do passado ficaram a música excelente de Marina, os acontecimentos da vida moderna e a idéia de sempre experimentar o todo, de provar o máximo possível das coisas e das pessoas..
Vi no Leme, uma Marina com mais apetite da vida, da música, do ritmo. Dance, eletrônico, guitarra, se misturaram à voz forte da cantora carioca. Ela dançou no palco estreito do viradão, suou, conversou com o público, deu bronca no técnico de som e cantou novos e antigos sucessos da carreira, que dá impressão a cada vez que vejo Marina, de que ela está sempre recomeçando, sempre progressiva.

Viradão Carioca Ótima vista - de primeira

Bossacucanova arrasou no domingo na quinta da boa vista. O parque, na zona norte do Rio, ficou melhor ainda com o som bombástico tirado do Dj Marcelinho da Lua e as parafernálias dos outros 5 músicos que encheram os arredores do parque de muita bossa, nova, eletrônica e a voz de Cris Dellano. Os músicos levaram sonoraidade nova para a obra de Tom Jobim, Chico Buarque e Carlos Vieira. A vista da banda foi obra prima e de primeira!
O viradão carioca deixou saudades. Que se repita no próximo ano!

Samba do criolo doido

Dia 02 de junho, terça à noite. O show da cantora Verônica Sabino, que já gravou Chico Buarque e já fez dueto com o cantor Emílio Santiago, era muito esperado no bistrô da livraria Modern Sound. De graça, o show, lançamento do CD e DVD, "Que nêga é essa?" atraiu um público sofisticado, famoso e discreto, que costuma presenciar outras estrelas da MPB no espaço tímido da livraria em Copacabana.
Em casa, às 17h, estava apreensiva. O horário limite para a chegada dos pessoas que fizeram reserva para assistir ao show era às 18h 30. Com o trânsito torcendo contra, conseguimos chegar, eu e minha companhia, ao bistrô.
Na porta do bistrô:
---Oi, fizemos reserva.
---Ah, querida pode acompanhar aquela moça lá de blusa preta.
---Aqui, por favor.
Banco de madeira, sem encosto e lá em cima, de frente para pilastra.
---Ué, trocaram a Sabino pela pilastra?
---Não, é que lá, as mesas já foram reservadas. Se não vierem até às 19h, coloco vocês.
Uma, duas, três mesas...Não colocaram a gente.
19h 30. Chega um, chega dois, chega três...Depois da gente e, pronto, puseram novas pessoas atrasadinhas em nossas mesas.
Minha companhia avista o bar e pergunta ao segurança: podemos?
Ele se comunica com alguém e acena: pode.
O show começa por volta das 19h 40. A primeira música, o título do CD. Que nega é essa é um samba. Segue o show, outro samba. Algumas composições dela, Leoni, Chico Buarque. O repertório é bem variado.
Na verdade, não queria dizer variado, queria dizer desvairado. Já que depois de cantar todo sentimento, do Chico, faltou sentimento para selecionar músicas tão boas quanto, tão sensíveis quanto, tão de qualidade quanto.
Na verdade, faltou gentileza, respeito, pontualidade e interesse para que o público sentisse o gosto de querer retornar pra assistir sempre alguma coisa nova e diferente. Alguma coisa boa de verdade, não somente a sensação de entretenimento.
Ter nome já não significa muita coisa quando a qualidade perde para a pressa.E vira o samba do criolo doido.
Entramos no carro de volta para casa, eu e minha companhia,e ouvimos Diana Krall.

Jazz na Lagoa

Paulinho Trompete leva jazz ao parque dos patins, na Lagoa aos sábados com uma turma super descontraída de músicos.

O quarteto, Paulinho Trompete, Erivelton (bateria), Ney Conceição (Contra-baixo) e Hamileto (Teclados) dá irreverência ao cenário arrumadinho da Zona Sul. Interação com o público e chamando os amigos músicos que sempre estão na platéia pra ver o grande trompetista brasileiro, são marcos bem descontraídos e que tornam as noites do bairro chique da Lagoa ainda mais interessante e voyer.

O show começa às 21h e vai até o quarteto querer...Depende muito do público...Mas como já fui algumas vezes, por volta das 02h da madruga eles já estão dando a saidera.

DIga-se de passagem que não há turma de jazz mais bem humorada e interessante no Rio. A casa, Drink Café, está sempre lotada para vê-los e consumirem um dos mais apurados sons do planeta. Eles sabem fazer e como!

Quiosque Drink Café, Lagoa. Próximo ao clube do Flamengo.

Estacionamento (R$ 2,00).

Couvert R$ 6

Sarau em Copacabana de Gente interessante

Muitos artistas, muitos cantores muito mais compositores se apresentam no sarau em Copacabana. O encontro acontece duas vezes no mês sob cuidados de dois típicos anfitriãos cariocoas. Músicos, eles quererm viabilizar o projeto de um CD para novos artistas, antigos compositores e gente que tem algo de musical e novo a oferecer no palco abstrato que se faz hoje no Rio.

Os encontros são realizados a cada 15 dias e controlados por meio de lista de convidados. Só indo mesmo para saber o tanto de interessante de música boa e nova que tem nesse Brasil e mundo.

Sexta-feira 13, sorte no Rio

Hoje, não pense em gato preto, no perigo em passar debaixo da escada...O dia está nublado, a gente está vendo, mas anime-se, você está no Rio. A dica são os bares de Ipanema, Copacabana, cheios de bebidas deliciosas. Destaque para a casa de vinhos, Entourage, em Copacabana. Perto da Orla, o bar fica na rua Sousa Lima, 37. Em um clima à meia-luz e design sofisticado, o preto e o vermelho deixam o ambiente aconchegante e bem romântico, para quem vai trocar taças com a (o) namorada (o). Perfeito para hoje.

Aproveitem!

Modern Sound traz "as meninas Lunar"

A casa de shows e livraria, Modern Sound, leva para o palco do alegro bistrô, a Orquestra Lunar. A banda composta por dez mulheres leva o ritmo dançante na voz de Vika Barcelos e Áurea Martins. Samba, MPB e Bossa-nova são ritmos clássicos do repertório dessas mulheres que, no ano passado, receberam indicação de melhor grupo de MPB do prêmio Tim.

O show é a partir das 16h de hoje (sábado, 07/02) e vai até às 20h. Semana que vem tem mais no alegro bistrô da Modern Sound no mesmo horário do próximo sábado.

A livraria fica à rua Barata Ribeiro, 502 - D. Copacabana. O show é grátis mas é recomendado que se faça reservas pelo telefone (0xx21) 2548-5005 para garantir lugar. Certamente, vai lotar.

Nos veremos lá!